quarta-feira, 23 de julho de 2014

Contra PIB fraco, governo prorroga programa de incentivo a investimento.


BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira, 5, a extensão do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para 2013, com um volume total de recursos de R$ 100 bilhões.
Mantega lembrou que o PSI começou a ser praticado em 2009. "É o melhor instrumento para financiar investimento que já tivemos no Brasil, com taxas reduzidas e prazos elevados", argumentou. Segundo o ministro, a intenção é continuar estimulando os investimentos.

"Os investimentos têm que crescer mais de 8% para que possamos ter crescimento do PIB mais vigoroso. E temos que reduzir o custo de investimento para as empresas", disse. Em função disso, segundo Mantega, foi talhado um novo PSI, que vai vigorar o ano que vem inteiro. O Produto Interno Bruto do 3º trimestre cresceu apenas 0,6%, bem abaixo do esperado. Nesta terça-feira, Mantega afirmou que pedirá a revisão dos números ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Mantega, a extensão do programa ajudará o governo a cumprir as metas que têm para o crescimento do PIB (4%) e do investimento (8%) no ano que vem. "O governo está viabilizando um volume bastante expressivo de crédito para investimentos. Estamos falando de R$ 100 bilhões, que é uma cifra elevada e que estimulará boa parte dos investimentos com taxas bastante reduzidas", afirmou.

Foco em máquinas e equipamentos

Segundo Mantega, do total de R$ 100 bilhões, R$ 85 bilhões serão tomados no sistema BNDES pelos bancos credenciados na instituição. O restante, os outros R$ 15 bilhões, vão ser destinados diretamente ao sistema bancário. Mantega disse que o novo PSI também terá liberação mais rápida e com menos burocracia.

O ministro anunciou que haverá também uma linha de crédito para financiamento de leasing. "A empresa que não precisa comprar máquinas e equipamentos poderá fazer leasing com taxas do PSI", afirmou.

Mantega destacou que o programa tem taxas de juros muito reduzidas e financia principalmente máquinas e equipamentos, peças e componentes, ônibus e caminhões e exportações.

"Estamos contando também com a participação maior dos bancos do setor privado, que estão mais acostumados a financiar consumo e capital de giro. Se quiserem ampliarem seus negócios, seu raio de ação, vão ter que entrar nesta seara de investimentos", alertou o ministro.